No dia 30 de maio proximo, quinta-feira, tem festa para Oxóssi nos terreiros Casa Branca, Gantois e Opô Afonjá.
Estas três casas que tem uma parte da sua história relacionada- Gantois e Afonjá foram fundados por sacerdotisas e sacerdotes ligados à Casa Branca, considerado o mais antigo terreiro de nação ketu do Brasil- iniciam seu calendário litúrgico anual com esta festa.
Não se tem um consenso sobre o porquê da festa de Oxóssi destas Casas acontecer no Dia de Corpus Christi.
Para alguns estudiosos, a solenidade da data dava uma certa liberdade aos escravos (o candomblé é originado de cultos africanos) o que lhes permitia, junto aos libertos, fazer uma grande festa.
Em Corpus Christi, os católicos celebram a presença de Jesus na hóstia consagrada, daí o nome da festa que, traduzindo para o português é o dia do “Corpo de Cristo”.
Esta é a única ocasião do ano em que a Eucaristia, outro nome da hóstia consagrada, sai às ruas em procissão. Para os católicos Jesus segue ali no ostensório- aquele objeto que tem ornamentação final que lembra os raios do sol (Jesus é o sol da humanidade para os católicos). Um dos dogmas da Igreja é exatamente o de que ao ser consagrados pelas palavras e imposição das mãos do padre durante a missa o pão (a hóstia) se torna o corpo de Jesus e o vinho o seu próprio sangue.
Casa Branca do Engenho Velho, Sociedade São Jorge do Engenho Velho ou Ilê Axé Iyá Nassô Oká é considerada a primeira casa de candomblé aberta em Salvador, Bahia.
No período da escravidão no Brasil, os negros formavam suas comunidades nos engenhos de cana. Na Bahia, princesas, na condição de escravas, vindas de Oyó e Keto, fundaram um centro num engenho de cana. Depois se agruparam num local denominado Barroquinha, onde fundaram uma comunidade de Nagô Ilè Asé Airá Intilè também conhecida como Candomblé da Barroquinha, que segundo historiadores, remonta mais ou menos 300 anos de existência, dentro do perímetro urbano de Salvador.
Sabe-se que esta comunidade fora fundada por três negras africanas cujos nomes são: Adetá ou Iyá Detá, Iyá Kalá, Iyá Nassô e Babá Assiká, Bangboshê Obitikô. Não se tem certeza de quem plantou o Axé, porém o Engenho Velho se chama Ilé Iya Nassô Oká.
E, dando continuidade a tradição o Ile Ala Casa de Oxalá e Oxum, se faz representar através de seus filhos que foram para Salvador participar das festidades.
O texto foi reproduzido com base nas informações constantes do site: http://www.geledes.org.br/patrimonio-cultural/artistico-esportivo/manifestacoes-culturais/2586-casa-branca-do-engenho-velho
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