LENDA DE OSHÉ
No dia 05 de maio,
como ocorre anualmente, a Casa de Oxalá e Oxum homenageou a divindade Oshé.
Oshé foi gerado de cinco espelhos e um pano muito alvo, portanto sem pecado original.
Conta a lenda que em uma noite de Lua cheia
Oshun, banhava-se no rio e espalhou ao seu redor, dentro da água seus cinco
espelhos, seu reflexo nos seus espelhos, mais o reflexo da água e o reflexo das
suas roupas tão alvas misturado com os raios do luar deu origem a Oshé.
Assim
sendo podemos dizer que este Odu é o reflexo de um reflexo, ou seja, nada
existe de real ou concreto, pôr este motivo Oshé rege os sentimentos,
principalmente o amor, lembre-se você ama sem poder explicar o que sente você
ama mesmo sem a pessoa amada, você ama sem poder segurar este sentimento em suas
mãos.
![]() |
Após as homenagens à Oshé nos dia 06 e 07, o Ilê Alá recebeu a visita
do grupo Sambas e Dissembas.
O
grupo é formado por mulheres negras,
que além de trabalhar a memória afrobrasileira tem o objetivo de ouvir,
registrar e refletir sobre a memória negra a partir do grupo cultural Afoxé Ilê
Alá.
Compõem
o grupo a historiadora Carolina Maíra Morais, a cineasta Aline Lourena, a
jornalista Maitê Freitas e a fotógrafa Safira Moreira, para realizar oficinas
de vídeo, fotografia e elaboração de projeto cultural.
Foram momentos únicos
e gratificantes, onde todos à sua maneira demonstraram a força que se une em
torno do sagrado, através de recordações e da musica que traduz o som, que é o
condutor do Axé do Orixá que são sinfonias africanas sem partitura, porque a música
no Candomblé é considerada uma linguagem privilegiada no diálogo dos Orixás, em
que o toque pode ser entendido como um chamado ou uma prece.
Um comentário:
Lindo registro!
Postar um comentário