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terça-feira, 9 de maio de 2017

LENDA DE OSHÉ




LENDA DE OSHÉ



       No dia 05 de maio, como ocorre anualmente, a Casa de Oxalá e Oxum homenageou a divindade Oshé.

          Oshé foi gerado de cinco espelhos e um pano muito alvo, portanto sem pecado original.

          Conta a lenda que em uma noite de Lua cheia Oshun, banhava-se no rio e espalhou ao seu redor, dentro da água seus cinco espelhos, seu reflexo nos seus espelhos, mais o reflexo da água e o reflexo das suas roupas tão alvas misturado com os raios do luar deu origem a Oshé.

          Assim sendo podemos dizer que este Odu é o reflexo de um reflexo, ou seja, nada existe de real ou concreto, pôr este motivo Oshé rege os sentimentos, principalmente o amor, lembre-se você ama sem poder explicar o que sente você ama mesmo sem a pessoa amada, você ama sem poder segurar este sentimento em suas mãos.



Após as homenagens à Oshé nos dia 06 e 07, o Ilê Alá recebeu a visita do grupo Sambas e Dissembas.

O grupo é formado por mulheres negras, que além de trabalhar a memória afrobrasileira tem o objetivo de ouvir, registrar e refletir sobre a memória negra a partir do grupo cultural Afoxé Ilê Alá.

Compõem o grupo a historiadora Carolina Maíra Morais, a cineasta Aline Lourena, a jornalista Maitê Freitas e a fotógrafa Safira Moreira, para realizar oficinas de vídeo, fotografia e elaboração de projeto cultural.

Foram momentos únicos e gratificantes, onde todos à sua maneira demonstraram a força que se une em torno do sagrado, através de recordações e da musica que traduz o som, que é o condutor do Axé do Orixá que são sinfonias africanas sem partitura, porque a música no Candomblé é considerada uma linguagem privilegiada no diálogo dos Orixás, em que o toque pode ser entendido como um chamado ou uma prece.