No ano de 1923 houve uma
diminuição no pescado da vila de pescadores do Rio Vermelho. Tentando buscar
ajuda da Mãe D'Água, Iemanjá, os pescadores saíram no dia dois de fevereiro para
ofertar presentes à rainha das águas. Ano após ano os pescadores repetiram essa
cerimônia.
Assim, no dia 02 de fevereiro dia de Nossa
Senhora dos Navegantes, em Salvador,
ocorre anualmente, a maior festa do país em homenagem à "Rainha do Mar". A celebração
envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até
o templo mor, localizado no bairro Rio Vermelho, onde depositam variedades de
oferendas, tais como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados.
No Rio de Janeiro são conhecidas: a
carreata até a Praia de Copacabana, por iniciativa do Mercadão de Madureira e a
celebração do Barco de Iemanjá, por iniciativa da Congregação Espírita
Umbandista do Brasil – CEUB.
Na mitologia
ioruba, o dono do mar é Olokun, que é
pai de Iemanjá, sendo ambos de origem Egbá.
Yemojá é saudada como Odò ("rio") ìyá ("mãe")
pelo povo Egbá,
por sua ligação com Olokun, orixá do mar (masculino no Benim e feminino em Ifé), referida como sendo
a "rainha do mar" em outros países. É cultuada no rio Ògùn, em Abeokuta.
Pierre Verger,
no livro Dieux d'Afrique , registrou: "Iemanjá é o orixá das águas doces e salgadas dos Egbá,
uma nação yoruba
estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde
existe ainda o rio Yemoja. As guerras entre nações yorubas levaram os Egbá a
emigrar na direção oeste, para Abeokuta,
no início do século XIX. Não lhes foi possível levar o rio,
mas transportaram consigo os objetos sagrados, suportes do axé da divindade. O
rio Ògùn, que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada
de Iemanjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún (Ogum), o orixá do ferro e dos ferreiros."
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Casa de Oxalá e Oxum |
Aproveitando a data noticiamos em primeira
mão que este ano a Casa de Oxalá e Oxum irá realizar a Festa dos Trinta Anos de
Yemonjá da Yefun Jane de Yemonjá.
Aproveito, ainda, a oportunidade, para
prestar uma homenagem a minha Yalorixá Martha D’Oxoguian que tem por objetivo
principal o fortalecimento da cultura afro-brasileira e o seu legado ancestral,
bem como dar visibilidade à resistência das religiões de matriz africana e do
Povo de Santo, figuras ativas e protagonistas na construção e valorização da
cultura afro-brasileira com a ajuda de seus filhos representados nas pessoas da
Yakekere Márcia de Yansã, Ekedy Rosana, Ogan Ilsinho, Ekedy Evelin, Ekedy
Vanessa, Yamorô Rosely, Ogan Francisco, Ogan Pedro e demais filhos que compõem a
família da Casa de Oxalá e Oxum.